Kátia Di Tróia é natural do Rio de Janeiro. Ela deixou o sudeste em 1991. No início da carreira como cantora tinha no repertório a música baiana, além de canções internacionais. “Cantava em bandas de baile e clubes. Foram sete anos no trio elétrico em Salvador”, destaca. No Ceará, ela chegou em pleno Carnaval. Em Fortaleza, ela conheceu melhor o forró tradicional: da sanfona, zabumba e triângulo.
O nome artístico da cantora surgiu de um evento que acabou em confusão. Em Brasília, em apresentação em um trio elétrico para um político, eleitores de oposição apedrejaram o veículo. Ela e parte da equipe precisou se proteger na casa de máquinas. Instrumentos foram danificados no ataque. Da situação, nasceu a música de rock “Cavalo de Tróia”. Logo, começaram ligar o nome da composição ao de Kátia.
Relembre um sucesso da cantora:
Transmissão
Em Fortaleza, a forrozeira afirma ainda ser conhecida nas ruas. “Se eu ficar calada ninguém reconhece, mas quando eu abro a boca logo o pessoal fala: ‘Você é aquela cantora de forró!’. Na fila do supermercado acontece muito de reconhecerem. No meu bairro falo com todos e tenho grandes amizades”. Atualmente, a cantora dedica a vida a igreja evangélica.
Dos atuais nomes do forró, Kátia Di Tróia conta gostar da evolução que aconteceu dentro do gênero musical. “Tudo se transforma. Esse cenário é bom. Teve uma receptividade muito boa. Naturalmente, é obvio que a gente sente a diferença entre o forró tradicional e o atual — que é uma mistura muito boa. Tudo tem um tempo de mudança. Acho que essa mudança veio para melhorar Muitos não gostam e ficam naquela briga. Acho que tem espaço para todo mundo. A arte não pode ser limitada. A arte vive em constante movimento. Ela não pode ter limites”.